Notícias

União Europeia diz que mortes de jornalistas em Gaza são “inaceitáveis”

A União Europeia declarou que as mortes de cinco jornalistas no ataque israelense contra um hospital em Khan Younis, na Faixa de Gaza, são “inaceitáveis”.

“O assassinato de cinco jornalistas, quatro profissionais de saúde e vários civis em Gaza ontem é completamente inaceitável”, afirmou o porta-voz da Comissão Europeia, Anouar El Anouni, durante coletiva de imprensa.

Segundo ele, “civis e jornalistas devem ser protegidos pelo direito internacional”.

O representante de Bruxelas reiterou ainda o apelo da UE a Israel “para que respeite o direito internacional humanitário e garanta que esses ataques sejam investigados”. “Tomamos nota das declarações das autoridades israelenses de que uma investigação completa será conduzida”, acrescentou.

Além disso, El Anouni denunciou que “o sofrimento humanitário em Gaza atingiu níveis inimagináveis”: “É terrível o que está acontecendo diante de nossos olhos, com a fome. A ajuda nunca deve ser politizada”.

Por fim, o porta-voz da UE disse que os canais diplomáticos estão abertos e os contatos estão em andamento entre a alta representante de Política Externa da UE, Kaja Kallas, e o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar.

Ontem (25), o Exército israelense atacou o Hospital Nasser, na Faixa de Gaza, matando ao menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas. Os profissionais trabalhavam para Reuters, Associated Press, NBC e Al-Jazeera, entre outros veículos.

Eles foram identificados como Hussam al-Masri, cinegrafista contratado da Reuters; Mohammad Salama, repórter cinematográfico da Al-Jazeera; Mariam Dagga, freelancer da Associated Press; Moaz Abu Taha, freelancer da NBC; e Ahmad Abu Aziz, jornalista da Quds Feed Network e da Comissão Independente para os Direitos Humanos.

No total, mais de 240 jornalistas palestinos morreram em ataques israelenses em Gaza desde o início da guerra, em 2023. 

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios