
Um tribunal na Itália afirmou que a morte do ex-zagueiro Davide Astori, ocorrida em 2018, poderia ter sido “evitada” se o médico Giorgio Galanti tivesse pedido os exames necessários para que um diagnóstico correto fosse determinado.
O ex-capitão da Fiorentina faleceu em decorrência de uma parada cardíaca, enquanto Galanti, ex-diretor de medicina desportiva do Hospital Universitário Careggi, em Florença, e ex-consultor da Viola, foi sentenciado a um ano de reclusão por homicídio culposo, mas com pena suspensa.
A morte de Astori “teria sido evitada, ou pelo menos adiada para uma data significativamente posterior se Galanti tivesse solicitado os exames necessários, permitindo um diagnóstico correto da doença”, informou o Tribunal de Cassação para justificar a pena para o médico.
As autoridades acrescentaram que a arritmia cardíaca “observada em 2014, 2016 e 2017 em um atleta profissional submetido a intenso esforço físico diário deveria ter motivado, com base nas boas práticas clínicas e assistenciais, mesmo na ausência de histórico familiar e sintomas, a realização de exames cardiológicos mais aprofundados”.
O profissional de saúde, recorda os magistrados, emitiu dois atestados distintos, não solicitando exames complementares, “considerando-os supérfluos”. Desta forma, ele se “desviou das diretrizes vigentes à época, deixando de prescrever exames diagnósticos essenciais à segurança do paciente”.
Astori, 31 anos, foi encontrado morto na manhã de 4 de março de 2018, em seu quarto de hotel em Údine, onde a Fiorentina enfrentaria a Udinese pela Série A.