
O testamento deixado pelo estilista italiano Giorgio Armani, morto aos 91 anos no dia 4 de setembro, foi aberto na última terça-feira (9), em Milão, segundo informação oficial fornecida à agência Ansa.
De acordo com o Arquivo Notarial de Milão, “Rei Giorgio” deixou dois documentos em segredo, ou seja, escritos de próprio punho e guardados em um envelope lacrado.
O primeiro testamento é datado de 15 de março e o segundo, de 5 de abril. Os dois arquivos foram abertos e publicados pela tabeliã italiana Elena Terrenghi, no último dia 9 de setembro. No entanto, o conteúdo de ambos é atualmente desconhecido.
Armani era o único acionista da empresa que fundou com seu falecido sócio Sergio Galeotti em 1975. Ao longo dos anos, destacou-se em alta-costura, prêt-à-porter, acessórios, perfumes, joias, além de arquitetura de interiores e hotéis de luxo em cidades do mundo inteiro, incluindo Milão, Paris, Nova York, Tóquio, Seul e Xangai.
Criador de um verdadeiro império da moda, o empresário movimentava bilhões de dólares por ano, chegando, em 2024, a ter uma receita líquida de 2,3 bilhões de euros (cerca de R$ 14,6 bilhões).
Segundo dados da Forbes, a fortuna pessoal de Armani era estimada em US$ 12 bilhões (cerca de R$ 65 bilhões, na cotação atual).
O destino de sua herança é desconhecido, mas a expectativa é de que a maior parte da Giorgio Armani SpA permaneça sob administração da Fundação Giorgio Armani, cuja gestão ficará a cargo de um grupo restrito de herdeiros. Entre eles devem estar a irmã do estilista Rosanna Armani e os sobrinhos Silvana, Roberta Armani e Andrea Camerana, juntamente com seu braço direito de longa data, Leo Dell’Orco, chefe das linhas de moda masculina da casa de moda, e o empresário Federico Marchetti, fundador da Yoox.