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Confronto em ato em prol de Gaza deixa presos e feridos em Milão

Mais de 12 pessoas foram presas e cerca de 60 policiais ficaram feridos, em Milão, na Itália, durante confrontos em uma manifestação em prol de Gaza.

Segundo as autoridades locais, uma confusão generalizada foi registrada na Estação Central de Milão, a principal da cidade, e centenas de participantes da mobilização tentaram forçar a entrada no terminal.

Entretanto, um grupo de policiais impediu a ação, provocando vários confrontos entre os dois lados. Cerca de 60 agentes ficaram feridos, sendo que 23 foram hospitalizados para atendimento médico. Logo após, os ativistas foram dispersados.

Agora, centenas de pessoas estão atualmente na Via Vittor Pisani, a avenida que liga a entrada da estação à Piazza della Repubblica, enfrentando a polícia.

Os confrontos mais graves ocorreram na grande galeria em frente à estação, onde estão localizados quiosques e lojas. Lá, os manifestantes enfrentaram vários policiais da tropa de choque que haviam bloqueado todos os acessos ao prédio.

Durante a confusão, a estação estava lotada por causa dos atrasos e cancelamentos de muitos trens devido à greve nacional convocada em apoio às manifestações pró-Palestina.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, classificou “as imagens vindas de Milão como vergonhosas”: “Autodenominados ‘pró-amigos’, ‘antifa’, ‘pacifistas’ devastando a estação e causando confrontos com a polícia. Violência e destruição que nada têm a ver com solidariedade e que não mudarão nem um pouco a vida da população de Gaza, mas terão consequências concretas para os cidadãos italianos, que acabarão sofrendo e pagando pelos danos causados por esses vândalos”, escreveu ela nas redes sociais.

Além disso, Meloni prestou solidariedade à “polícia, forçada a suportar a arrogância e a violência gratuita desses ‘pseudomanifestantes'”. “Espero palavras claras de condenação dos organizadores da greve e de todas as forças políticas”, concluiu.

Já o vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani, afirmou que “não é por meio da violência, atacando a polícia, bloqueando rodovias, estações e portos que ajudamos a população civil palestina”.

Para ele, “este é um comportamento grave que também causa danos à economia, com a fuga de turistas”. “Isso não tem nada a ver com o direito à greve consagrado no Artigo 40 da Constituição. Solidariedade com a polícia, alvo inocente desta violência. Estou em Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas. Aqui, o governo está trabalhando para ajudar o povo palestino e construir a paz no Oriente Médio”, enfatizou Tajani.

O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, também condenou a violência, destacando que “o vandalismo de hoje, causado por grupos marginais violentos, é injustificável e certamente não ajuda a causa de Gaza”. 

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