
O poder Executivo da União Europeia definiu como “inaceitável” o ataque de drones contra a Flotilha Global Sumud, frota de barcos que navega em direção à Faixa de Gaza para levar ajuda humanitária à população civil palestina.
“A liberdade de navegação deve ser respeitada, não é aceitável um ataque de drones contra a flotilha ou outro uso de força. Respeitamos o esforço dos ativistas que querem jogar luz sobre a situação intolerável em Gaza”, disse uma porta-voz da Comissão Europeia.
A liberdade de assembleia é um pilar de nossa democracia”, acrescentou o Executivo da UE.
Durante a madrugada, a Flotilha Global Sumud denunciou que vários de seus barcos foram atingidos por “múltiplos drones” enquanto atravessavam a costa da Grécia, com lançamento de “objetos não identificados”, diversas “explosões” e bloqueio de comunicações.
“Essas operações foram realizadas por Israel para nos intimidar, mas nossa determinação está mais forte do que nunca”, acrescentou a organização. “Eles miraram os menores barcos de nossa missão para destruir suas velas, mas estão usando dispositivos que podem machucar pessoas e danificar as embarcações”, reforçou o brasileiro Thiago Ávila, um dos coordenadores da iniciativa.
Após uma série de adiamentos, a Flotilha Global Sumud iniciou a viagem em direção à Faixa de Gaza no último dia 19 de setembro, com o objetivo de furar o cerco israelense contra o enclave palestino e levar ajuda para a população civil.
A frota reúne atualmente 51 barcos e mais de 600 ativistas de dezenas de países, incluindo a ambientalista sueca Greta Thunberg, Ávila e políticos italianos e de outros países europeus.