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Governo italiano negocia para evitar megatarifa dos EUA contra macarrão

O governo da Itália afirmou que está trabalhando junto aos Estados Unidos para tentar impedir uma tarifa antidumping que pode levar a alíquota sobre o macarrão “made in Italy” a mais de 100%.

Atualmente, as massas fabricadas em solo italiano estão sujeitas a uma taxação de 15% para entrar no mercado americano, cifra estabelecida pelo acordo comercial entre EUA e União Europeia.

No entanto, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos acusa fabricantes da Itália de terem praticado dumping, ou seja, quando produtos são vendidos a outro país por preços abaixo do valor de mercado, e propôs uma tarifa adicional de 91,74%, o que elevaria a alíquota total para 106,74%.

“É um procedimento que se arrasta há anos com base em recursos interpostos por empresas contra outras empresas, às quais são impostas sanções que queremos evitar”, disse o ministro da Agricultura da Itália, Francesco Lollobrigida.

“Estamos dando nossa contribuição diplomática, inclusive por meio do Ministério das Relações Exteriores. Eu mesmo me reuni com nosso embaixador em Washington para fortalecer uma ação que complemente a resistência jurídica das empresas italianas envolvidas”, acrescentou.

O Departamento de Comércio publicou em setembro passado o resultado de uma investigação preliminar contra duas empresas italianas específicas, La Molisana e Garofalo, porém a nova tarifa, que poderia entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026, atingiria outras fabricantes que não produzem nos EUA.

A Itália fabrica mais de 4 milhões de toneladas de macarrão por ano, sendo que 60% desse total é destinado à exportação. Os Estados Unidos são o principal mercado para a pasta “made in Italy” no exterior depois da União Europeia e compram US$ 700 milhões por ano em macarrões italianos.

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