
O melhor panetone clássico do mundo agora tem endereço: Ardea, na província de Roma.
A iguaria, criada pelo chef confeiteiro Vincenzo Guiderone, conquistou o título de campeão mundial na final do campeonato realizada em Nápoles, superando outros 49 concorrentes da Itália, Espanha, França e Japão.
O doce vencedor se destacou por sua estrutura impecável, fruto de uma fermentação precisa, além de um aroma “harmonioso de limão e baunilha”, descrito pelos jurados como “delicado, porém marcante”. As frutas cristalizadas, de “excelente qualidade”, foram elogiadas pela distribuição equilibrada e pela quantidade exata.
A competição, dividida em diversas categorias, também premiou o panetone mais inovador, o salgado e o melhor pandoro do mundo.
Na categoria clássica, o pódio foi totalmente italiano — apesar da ausência de confeiteiros de Milão, cidade considerada o berço do panetone. O segundo lugar ficou com Michele Pirro, de San Marco in Lamis, na região de Foggia, e o terceiro com Roberto Moreschi, de Chiavenna, na província de Sondrio, o único lombardo entre os premiados.
O título de melhor panetone inovador também ficou com a região do Lazio: Francesco Ricci, de Sezze Scalo, na província de Latina, conquistou os jurados com uma massa “enriquecida com mosto fermentado pasteurizado, mel de cereja ácida e ganache de chocolate amargo com canela”.
Na categoria de panetone salgado, o vencedor foi Antonio Chiumiento, de Eboli, na província de Salerno, que apresentou uma versão preparada com queijo, cebola caramelizada, legumes e embutidos.
Já o prêmio de melhor pandoro do mundo foi para o Piemonte: o chef confeiteiro Daniele Mascia, de Omegna, impressionou pela “forma estética perfeita e pela extraordinária suavidade” de sua sobremesa.
A final ocorreu durante a Gustus, feira profissional de agronegócio, gastronomia, vinhos e tecnologia realizada na Mostra d’Oltremare, sob organização da Federação Internacional de Pastelaria, Gelato e Chocolate (FIPGC). Ao todo, oito países participaram das fases iniciais, mas apenas quatro avançaram à etapa final.
“Ficamos felizes quando há vencedores italianos”, afirmou o presidente da FIPGC, Matteo Cutolo. “É importante que os produtos italianos sejam exportados. No entanto, devo dizer que os japoneses também se destacaram, ficando entre os cinco primeiros na categoria ‘salgado’ e entre os 10 primeiros na categoria ‘inovador’.”



