
Duas vitórias da esquerda, uma da direita: esse é o saldo da última rodada de eleições regionais na Itália em 2025, que desta vez levou às urnas Campânia e Puglia, ambas governadas pelo campo progressista, e Vêneto, um histórico bastião do partido nacionalista Liga.
E o que se viu na votação regional é uma vitória da situação nas três regiões.
No Vêneto, mais conhecido mundialmente por conta de sua capital, Veneza, no norte do país, Alberto Stefani, de apenas 33 anos, confirmou a hegemonia da Liga na região e derrotou o progressista Giovanni Manildo, segundo projeção do instituto Opinio Italia, que aponta placar de 60,5% a 30,8%.
Stefani é vice-secretário federal do partido do vice-premiê e ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Matteo Salvini, e concorreu com o apoio de toda a coalizão da premiê de direita Giorgia Meloni.
Já na Campânia, importante região da Itália meridional que abriga a cidade de Nápoles, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Roberto Fico, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), superou o conservador Edmondo Cirielli, atual vice-ministro das Relações Exteriores, por 59,5% a 35,3%, de acordo com o Opinio Italia.
O terceiro prêmio em disputa era a Puglia, onde o governador em fim de mandato Michele Emiliano conseguiu fazer seu sucessor: o ex-prefeito de Bari e eurodeputado Antonio Decaro, que obteve 69,2%, segundo projeção, e derrotou o adversário de centro-direita Luigi Lobuono, com 28,8%.
As disputas também foram marcadas por uma queda significativa da participação do eleitorado: na Puglia, apenas 41,83% dos cidadãos com direito a voto foram às urnas, redução de 14 pontos em relação a 2020; na Campânia, a afluência foi de 44,05% (-11 pontos); e no Vêneto, de 44,6% (-16,5 pontos).
Com os resultados desta segunda-feira, o placar das eleições regionais do segundo semestre na Itália terminou com empate por 3 a 3: a direita manteve os governos da Calábria, de Marcas e do Vêneto, enquanto a esquerda continuou no poder na Campânia, Puglia e Toscana.
O pequeno e montanhoso Vale de Aosta também foi às urnas em setembro, porém prevaleceu um partido da minoria linguística francesa local, com apoio do campo progressista.



