Paris, a capital do mundo. Assim o presidente da França, François Hollande, definiu a principal metrópole de seu país neste domingo (11) em que ela reúne cerca de 2 milhões de pessoas e diversos líderes mundiais para uma marcha contra o terrorismo e a intolerância.
O evento é uma resposta da sociedade aos ataques que levaram pânico à cidade-luz, quando dois terroristas franco-argelinos invadiram a redação do jornal "Charlie Hebdo" e mataram 12 indivíduos.
Uma manifestação repleta de bandeiras da França e de Israel, que se viu envolvido no terror parisiense após Amedy Coulibaly entrar em um mercado kosher da capital francesa e assassinar quatro judeus. No entanto, também não faltam muçulmanos, desejosos em mostrar distância do jihadismo.
Um adesivo bastante presente no ato diz "Todos unidos: ateus, cristãos, judeus e muçulmanos contra o fanatismo". Bandeiras de países como Argélia, Palestina e Turquia também marcam presença. O lápis, representando o apoio à equipe do "Charlie Hebdo", é um dos principais símbolos da marcha.
Entre os líderes presentes no evento estão a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, os primeiros-ministros de Reino Unido (David Cameron), Itália (Matteo Renzi), Espanha (Mariano Rajoy) e Israel (Benjamin Netanyahu), o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e tantos outros.
Até mesmo o ex-presidente francês Nikolas Sarkozy, rival de Hollande, se juntou às personalidades políticas com sua mulher, Carla Bruni. "Os nossos valores são mais fortes do que as ameaças deles. Estamos aqui para dizer que não vamos parar, não vamos ficar imobilizados pelo terror e pelo medo. De Paris deve partir uma mensagem de dor e proximidade, mas também de retomada e futuro", declarou Renzi, acrescentando que é preciso afirmar valores maiores que o horror.