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Draghi ataca AstraZeneca e diz que europeus se sentem enganados

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, afirmou que “os cidadãos europeus se sentem enganados por algumas empresas farmacêuticas”, principalmente pela AstraZeneca, e deu “total apoio” à proposta da Comissão Europeia para reforçar o mecanismo europeu de exportação de vacinas anti-Covid.

Segundo fontes em Bruxelas, durante declaração na sessão virtual do Conselho Europeu, o premiê italiano defendeu “a necessidade de não ficar indefeso diante de compromissos não cumpridos por algumas empresas farmacêuticas”.

“Não se pode ficar parado diante das violações contratuais que prejudicam gravemente a campanha de vacinação da União Europeia”, afirmou ele.

Durante a reunião, Draghi também comentou sobre as 29 milhões de doses da Astrazeneca encontradas em uma inspeção em uma fábrica na cidade de Anagni, próximo de Roma, e perguntou para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se os imunizantes produzidos na Bélgica e na Holanda continuarão a ser destinados para a UE em parte ou em sua totalidade.

Segundo Von der Leyen, neste caso, “as doses produzidas na UE serão entregues à UE”. A declaração diz  espeito ao braço de ferro entre o bloco e o Reino Unido sobre o fornecimento de vacinas.

Apesar das duas partes anunciaram um acordo para se comprometer para criar condições necessárias para expandir a distribuição dos imunizantes, o ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, afirmou à imprensa que o contrato firmado há meses pelo governo britânico com a AstraZeneca para o fornecimento da vacina anti Covid desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford tem peso legal maior do que o assinado posteriormente com a União Europeia.

“Acredito que as nações livres devem seguir a lei. Bruxelas tem um contrato baseado na cláusula de esforço máximo, nós temos um acordo de exclusividade”, disse Hancock, acrescentando que o contrato prevalece britânico prevalece sobre o da UE. “Se chama direito contratual, é muito claro”.

Desta forma, o premiê italiano apoiou “plenamente” a proposta da Comissão Europeia de fortalecer o mecanismo europeu de exportação de vacinas. Outros países, no entanto, como Bélgica, Holanda, Irlanda, Dinamarca e Suécia, pediram cautela para o bloco antes de lançar medida contra empresas e Estados.

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