
O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, confirmou que a reunião extraordinária dos líderes do G20 sobre o Afeganistão será realizada em 12 de outubro.
A realização do encontro era uma das metas do país, que está na Presidência rotativa do grupo, desde a retomada do poder pelo grupo fundamentalista Talibã, ocorrida em 15 de agosto, e a caótica retirada das tropas internacionais de Cabul.
Mas, a iniciativa estava encontrando resistência entre as lideranças por conta da cúpula geral dos chefes de Estado e de governo já estar marcada para os dia 30 e 31 de outubro em Roma.
A ideia do governo italiano para convocar a reunião era incluir China e Rússia nas ações multilaterais sobre o Afeganistão, já que os dois não fazem parte do G7.
Em entrevista dada no início do mês, Draghi havia dito que uma ação internacional coordenada era a única forma de evitar uma crise humanitária ainda mais catastrófica na nação e também diminuir os riscos de uma escalada terrorista.
Na última semana, o chanceler da Itália, Luigi Di Maio, realizou uma reunião em Nova York, às margens da Assembleia Geral da ONU, com os ministros das Relações Exteriores do G20 para debater a situação dos direitos humanos no Afeganistão, especialmente, em relação às mulheres – que são marginalizadas pelos talibãs.