
Na Itália, uma em cada três mulheres, entre os 16 e os 70 anos, já foi vítima da agressão de um homem. Seis milhões e 743 mil mulheres já sofreram no curso de sua vida violência física e sexual, segundo dados divulgados pelo Istat, o Instituto italiano de Estatísticas, na semana de combate à violência contra as mulheres.
A ministra italiana Mara Carfagna (Igualdade de Oportunidades), visitou duas instituições que abrigam crianças vítimas da violência familiar, uma em Roma e outra perto da capital.
Da rede dos Centros que combatem a violência chega hoje o alerta para as consequências que o "julgamento rápido" pode ter sobre este tipo de crime: se aprovado criará de fato uma anistia para os autores de abuso não graves, cujas sentenças são inferiores aos 10 anos. Crimes estes que, na maioria dos casos (quatro sobre cinco) se consumam entre as paredes domésticas.
Para Nadia Somma "ainda existe a necessidade de se mobilizar e manifestar, posto que os maus-tratos continuam aumentando. A cada três dias uma mulher é morta. Da violência contra a mulher também é preciso falar de um ponto de vista cultural, porque o modelo feminino de referência proposto pela mídia ainda é o de objeto sexual, quando a mulher é valorizada pela sua boa aparência e pelo apelo sexual que desperta.
Esse modelo não tem nada a ver com realidade", conclui Somma.



