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Ministro da Itália defende castrações química e cirúrgica contra crimes sexuais

O ministro de Simplificação Legislativa da Itália, Roberto Calderoli, defendeu que condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes passem por castração química. "Quando a vítima da violência é uma menina de 14 anos, acho que castração química é pouco. Quando a pessoa chega a abusar de uma criança, não há outra saída senão castração cirúrgica. Diante de alguns casos, não consigo pensar em reabilitação.", explicou o ministro.

Calderoli deu as declarações em entrevista que foi publicada no jornal "La Stampa".

 

Há algumas semanas, a Itália vive uma crescente onda de crimes sexuais. Só neste fim de semana, houve três casos. Dois envolvendo meninas italianas de 15 anos, em Bolonia e em Roma; e um terceiro envolvendo uma estudante boliviana de 21 anos, em Milão. Todos os casos são atribuídos a estrangeiros.

 

No caso de Roma, a adolescente, que estava com o namorado, de 16 anos, foi atacada por dois homens em um parque romeno, conforme o testemunho dela. Em Bolonia, o acusado é um imigrante de 33 anos que estava a ponto de ser expulso do país. No caso de Milão, a boliviana diz que seu agressor era "um africano".

O aumento dos crimes sexuais acompanha uma preocupação quanto ao aumento do racismo no país já que, em Guidonia, um caso levou moradores da região a tentar linchar os supostos agressores, de nacionalidade romena. Neste mesmo fim de semana, em Roma, perto do local onde a adolescente de 15 anos teria sido violentada, um grupo de encapuzados invadiu um restaurante de culinária árabe e agrediu quatro romenos.

De acordo com a polícia, cerca de 20 pessoas entraram no restaurante, que é atendido por paquistaneses, em um bairro periférico de Roma, espancaram quatro romenos e destruíram a fachada. Dois dos romenos tiveram de ser internados, e ninguém foi preso.

Para o ministro, esses casos, porém, não refletem racismo, mas a economia. Por isso, ele defende que a Itália feche as suas fronteiras para todos os trabalhadores saídos dos novos países-membros da UE (União Europeia) e de países que não são membros.

"Eu defendo a suspensão da circulação de trabalhadores de fora do bloco e novos no bloco. É evidente que, diante da queda da atividade produtiva, quem está desempregado tem chances de demonstrar comportamentos criminosos."

Polêmica

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, causou polêmica recentemente ao comentar sobre a onda de crimes sexuais. Em uma piada, ele disse que a beleza das mulheres italianas prejudica o combate aos estupros.

"Até em um Estado militarizado ou policial isso pode acontecer. Deveríamos mobilizar tantos soldados quantas belas mulheres italianas. Não conseguiríamos nunca", declarou na noite no último dia 25.

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