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CURIOSIDADE: Conheça os rituais da “Semana Santa” na ilha da Sardegna

A Semana Santa é vivida em muitos lugares da Sardenha com manifestações de grande intensidade e rituais muito antigos. Os visitantes serão conquistados pela alternância de luzes e sombras nas procissões pelas ruas de cidades e vilarejos, pelas tramas requintadas das roupas e das decorações, das músicas e dos cantos litúrgicos tradicionais que acompanham os ritos sagrados, quase sempre ao som de instrumentos únicos. Fieis e turistas podem assistir às representações organizadas pelas "Confraternite" para descrever os últimos dias da vida de Jesus, até a ressurreição no dia da Páscoa.

Sa Chida Santa começa com sas Prammas, a procissão do Domingo de Ramos. Nos dias seguintes é representada a Paixão e na Sexta-feira Santa é o dia do "Cristo morto". 

Em alguns lugares, o valor evocativo dos ritos de Páscoa é dado pela solenidade de momentos como o "dos Mistérios" ou s'Iscravamentu, o ato pelo qual foram retirados de Cristo os cravos de suas mãos e pés para poder ser colocado em uma maca e levado em procissão.

Uma grande e generalizada explosão de alegria popular caracteriza o Domingo de Páscoa, quando a austeridade dá lugar às celebrações da Ressurreição: entre aplausos, lançamento de flores e instrumentos tradicionais, a estátua do Cristo ressuscitado encontra a de Maria, em um ato de reverência.

No Santu Lussurgiu do Domingo de Ramos (17 de abril) se comemora su Nazarenu, uma Via Sacra durante a qual se executam os cânticos do Miserere e da Novena. 

O rito principal, em Castelsardo (Sassari), ocorre na segunda-feira após o Domingo de Ramos, o 'Lunissanti' (18 de abril): a grandiosidade da procissão de cinco quilômetros, junto com os cantos sagrados, criam um profundo envolvimento nos fiéis e turistas. 

Em Iglesias a série de eventos iniciam na terça-feira (19 de abril), com a procissão dos Mistérios. Na tarde do dia 21 de abril se prepara a mesa para a cerimônia do Lava-pés, com vinho, pão, peixe, laranjas e alcachofras. 

Na Sexta-feira Santa, 22 de abril, em Alghero, é celebrada na catedral a Missa Fugi Fugi, quando então começa uma procissão pelas ruas de centro histórico. Na procissão também se carregam os instrumentos para a descida do Cristo da cruz: alicate, martelo e escadas. Enquanto isso as luzes da cidade são cobertas por panos vermelhos. 

Em Oliena um dos rituais mais característicos do Domingo de Páscoa (24 de abril) é s'Incontru, momento vivido com uma forte participação de toda a Barbagia. O rito é celebrado com uma sugestiva procissão de dois cortejos. (ANSA)

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