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Apesar de reconhecer a derrota, Berlusconi afirmou que seguirá adiante, triplicando suas forças

O começo do fim da era Berlusconi. Assim alguns dos principais analistas políticos italianos analisam as derrotas sofridas pela coalizão do primeiro-ministro  em algumas das principais cidades do país, especialmente Milão, até agora considerado o bastião da centro-direita. O fracasso  eleitoral é inegável, porque se estendeu por comunes e províncias de norte a sul,  com destaque também para Nápoles, onde o candidato de centro-esquerda também venceu.

Berlusconi reconheceu, no Day after,  a derrota, mas deixou claro que seguirá em frente destacando que, cada vez que sofre uma derrota, triplica suas forças. E vai precisar mesmo, a começar para reagrupar os seus aliados. Ontem mesmo, logo após o anúncio dos resultados, o coordenador nacional do seu partido, o ministro Sandro Biondi, renunciou ao cargo.

Entre os opositores vencedores, oi ufanismo incontido foi a marca após a abertura das urnas. Do líder do partido Democrático, Pier Luigi Bersani, que intempestivamente pediu a renúncia do ministro, ao presidente da Câmara, Gianfranco Fini, que disse que o próprio eleitorado de centro-direita  votou no candidato de oposição em Milão, por não agüentar mais as confusões colecionadas pelo Governo, todos saudaram o resultado.

A questão que se coloca é se efetivamente Berlusconi foi seriamente atingido politicamente. Porque, ao se analisar acontecimentos precedentes, como escândalos sexuais, denúncias de favorecimentos, e toda uma sorte infindável de acusações que o envolveram, percebe-se que nenhum dos casos foi suficiente para desgrudá-lo do poder.

A diferença agora, mesmo em se tratando de eleições administrativas, é que se trata do clamor das ruas. Da voz rouca do povo. 

Que se manifestará novamente em junho, durante o referendum, que definirá a opinião da população sobre assuntos muito caros a Berlusconi. Inclusive sobre a possibilidade de a justiça comum julgar processos envolvendo autoridades públicas. Sem contar a privatização da distribuição da água.

Até agora Berlusconi recebeu um jap de esquerda e foi ao chão. Mas ainda está no ringue.

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