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Apex diz que Expo Milão foi “sucesso” para o Brasil

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), David Barioni Neto, disse que a Expo Milão 2015 foi "um sucesso" e que o Brasil conseguiu se posicionar como um grande exportador de alimentos, já que o tema desta edição era "Alimentar o Planeta: Energia para a Vida". "A Expo foi um sucesso absoluto. O nosso pavilhão foi eleito pela imprensa italiana como o segundo melhor de todo o evento, atrás apenas do da Itália. Conquistamos cinco milhões de visitantes no total", disse Barioni, que foi o comissário do Brasil na feira universal, considerada o terceiro maior evento depois das Olimpíadas e da Copa do Mundo. Barioni destacou que o Brasil tem tradição na Expo, já que D.

Pedro II esteve na segunda edição da feira, em 1876, na Filadélfia, durante a qual foram apresentados o telefone de Graham Bell, a máquina de escrever de Remington e o ketchup Heinz.

"O grande legado da Expo para o Brasil é o de justamente mostrar ao mundo um outro lado do nosso país, um lado de exportador, que detém tecnologia e capacidade para grandes negócios", disse o presidente da Apex, ressaltando que o principal desafio é alterar a visão que os estrangeiros têm do Brasil, "limitada a samba e futebol". Barioni apresentou hoje, em um evento em São Paulo, o plano nacional de exportações brasileiras para 2016-2019, que contempla 32 nações, as quais são vistas pelas autoridades, empresários e investidores brasileiros como zonas de oportunidades para relações comerciais. Entre os países listados para o triênio, estão Canadá, Estados Unidos, México, toda a América Latina, Rússia, China, Índia, Austrália, Argélia, Egito, Arábia Saudita, Irã, entre outros. De acordo com Barioni, a Itália não está no plano por já possuir uma relação consolidada com o Brasil, representando o segundo país europeu como partner comercial.

Entre janeiro e novembro de 2015, os fluxos bilaterais foram de US$ 7.3 bilhões. As exportações brasileiras para o mercado italiano nesse período somaram US$ 2,9 bilhões. Em contrapartida, as importações foram de US$ 4,3 bilhões, segundo dados da Apex. Os principais principais produtos exportados para Itália no ano foram café, soja e derivados, carne bovina, couros, minérios de ferro e granito em blocos. Já o Brasil importou produtos como peças e acessórios para automóveis, máquinas, tratores e veículos, medicamentos e vacinas.

Atualmente, a Itália é o nono maior investidor mundial no Brasil, com um aporte de cerca de US$ 20 bilhões. Destes, 30% estão concentrador no setor de telecomunicações e outros 30% no automobilístico. Além disso, um levantamento da embaixada italiana em Brasília aponta que 900 empresas italianas possuem representação no país. A Expo Milão 2015 ocorreu entre março e outubro, na cidade italiana de Milão, e registrou mais de 21 milhões de visitantes nos seis meses. O pavilhão brasileiro foi elaborado pelo escritório de arquitetura Arthur Casas.

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