O travesti que foi filmado mantendo relações sexuais com o então governador da região italiana Lazio, Piero Marrazzo, 51 anos, recebeu uma autorização provisória de permanência na Itália, o permesso di soggiorno provisorio, enquanto aguarda a conclusão do processo criminal.
O escândalo veio à tona depois da prisão dos quatro policiais militares que teriam pedido a Marrazzo 80 mil euros para não divulgar o vídeo, filmado na casa de um dos transexuais. Os policiais defenderam-se negando a chantagem e dizendo que foi o político quem lhes ofereceu dinheiro.
Em texto divulgado na internet, Marrazzo diz que a situação tornou sua permanência no cargo insustentável.
Ele negou ter pago aos policiais. 'Se trata de um caso pessoal, em que aparecem fragilidades inerentes a minha esfera privada', disse Marrazzo à época. Inicialmente, ele qualificou o vídeo como falso e se disse vítima de um complô.
As autoridades estão investigando se realmente houve pagamento.
Agora, Marrazzo, que deve formalmente continuar no cargo, tem 90 dias para chamar novas eleições. A campanha eleitoral deve durar 45 dias.
Segundo informações do travesti baiano Thaynna, que é líder entre os transexuais que trabalham no bairro Due Ponti, em Roma, o responsável pela gravação teria sido o travesti, também brasileiro, Brenda.
Em entrevista ao jornal Corriere della Sera desta terça-feira (27), Natália disse : “Com Marrazzo sai algumas vezes, mas ele nunca entrou no meu apartamento. Assim, não sou eu aquela que aparece no vídeo divulgado”: O mostrado no YouTube é falso, conforme avisa a polícia italiana. As informações foram publicadas no blog do jurista Walter Maierovitch, no Terra Magazine.
Thaynna acusa Brenda e afirma que também já fez “programa amoroso” com o governador, que segundo ele, 'é muito conhecido no pedaço”.
