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Coalizão Italiana conta a Pobreza, pede ao G20 plano para proteger os cidadãos da crise

A Coalizão Italiana contra a Pobreza pediu que o G20 (que reúne os países ricos e principais emergentes) desenvolva um plano para proteger as pessoas, que seja um complemento ao pacote de resgate da economia de US$ 787 bilhões aprovado pelos Estados Unidos. 

O pedido, foi acompanhado por críticas da instituição italiana, que alertou para a ameaça de que os Objetivos do Milênio não sejam atingidos por conta da crise.

 

Elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano 2000, os Objetivos do Milênio propõem, entre outras medidas, a erradicação da fome no mundo até 2015.
 
Segundo Sergio Marelli, porta-voz da Coalizão Italiana contra a Pobreza, "150 milhões de pessoas estarão abaixo da linha da pobreza por conta da crise". 

 

"O esboço da declaração final do G20, divulgada na segunda-feira (30 de março) relata que as intervenções para o resgate dos bancos, o aumento dos recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a abertura dos mercados poderão levar a economia mundial a crescer até o fim de 2010", destacou o porta-voz. 

 

Por outro lado, Marelli defende que "não pode haver crescimento equilibrado sem que no centro disso estejam as pessoas e o ambiente".

Laura Ciacci, também porta-voz da organização, lembrou ainda que "o G20 representa 66% da população mundial, 90% do Produto Interno Bruto (PIB) global e 80% das emissões de gases que provocam o efeito estufa". 

 

Desta forma, o que os governantes decidirem na Cúpula "repercutirá sobre o mundo todo". Ciacci defende que os investimentos devem ser feitos em vista da "sustentabilidade do crescimento pós-recessão". 

A instituição italiana não é a única a criticar a postura dos membros do G20. Cerca de 5 mil manifestantes se reuniram na frente do Banco da Inglaterra para participar dos protestos, que foram batizados de "Financial Fool's Day", segundo informou a polícia local.

 

Além deles, um grupo de anarquistas atacou uma agência do Royal Bank of Scotland (RBS), destruindo as vitrines e invadindo partes do edifício. A polícia informou que 23 pessoas foram presas.

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