Depois da sexta-feira negra (8), com o ataque especulativo na Bolsa de Valores italiana, que perdeu mais de 3%, e a restrição das vendas decidida pelo órgão de controle do mercado da Bolsa (Consob), em Milão as quedas chegaram hoje às 12h30 (GMT) a 3,27.
Além disso, o spread (diferença entre o preço de compra/procura e venda/oferta da mesma ação, título ou transação monetária) entre os títulos italiano e alemão atingiu, em 10 anos, um nível nunca igualado desde a introdução do euro: 280 pontos.
Já os mercados de ações europeus continuam todos negativos, com Atenas que cedia 2,95%. Também muito pesadas as perdas nas Bolsas de Valores de Madri e Lisboa.
"É preciso que a Itália demonstre que está enfrentando as reformas orçamentárias necessárias para restaurar a confiança na área do euro", disse a chefe do governo alemão, Angela Merkel, em um telefonema ao seu colega italiano Silvio Berlusconi, quando se disse convencida que Roma prosseguirá com as reformas, mas que deve enviar um claro sinal com urgência.
As cúpulas financeiras da área do euro estão empenhadas hoje (11) em uma reunião extraordinária sobre a Grécia e o agravamento da situação na Itália, depois dos medos exacerbados de um contágio da crise da dívida soberana.
Merkel garantiu que a Alemanha e a Europa farão tudo o que for necessário para defender o euro. Em sua opinião, a moeda europeia é "estável", apesar dos problemas de alguns países com a dívida.
Enquanto isso, o euro se manteve em baixa, sendo negociado abaixo dos US$ 1,41 em relação aos US$ 1,4174 da abertura. (ANSA)
