O governo da premiê da Itália, Giorgia Meloni, sofreu uma derrota significativa no Parlamento, quando a Câmara dos Deputados não conseguiu aprovar uma moção da situação para autorizar o aumento do déficit fiscal.
O texto precisava de maioria absoluta (201 votos de um total de 400), mas recebeu apenas 195 votos a favor, além de 19 contra e 105 abstenções. Após o resultado, a sessão da Câmara foi suspensa, em meio a celebrações da oposição.
“A maioria fracassou. Os italianos não merecem esse espetáculo indecoroso”, disse Chiara Braga, líder do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, na Câmara. Já o deputado Francesco Silvestri, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), chamou o governo de “incapaz” e cobrou que Meloni vá ao presidente Sergio Mattarella.
Por sua vez, o parlamentar de centro-direita Maurizio Lupi, integrante da situação, disse que a derrota é fruto de “inexperiência”, e não de uma crise política na base aliada.
A resolução pedia autorização do Parlamento para um déficit extra de 3,4 bilhões de euros em 2023 para impulsionar o poder de compra dos trabalhadores e de 4,5 bilhões em 2024 para reduzir a pressão fiscal.
