Catolicismo Romano

CATOLICISMO ROMANO: “Destrua a Missa: o triunfo de Lutero na Liturgia Católica”

Se Nosso Senhor nos indicou a oração como meio eficacíssimo para não cairmos em tentação e se entendemos a Santa Missa como a oração por excelência, logo, privar-nos de tão grande dom é arriscarmos a queda livre no abismo da perdição.

No entanto, devemos ter a sensibilidade de compreendermos que a Missa enquanto oração maior e mais perfeita não pode ser modificada segundo critérios puramente humanos, pois se trata da alma da Igreja, sua vida.

Tocar na estrutura de uma liturgia celestial é um atentado contra Nosso Senhor, o Cordeiro Santo que é imolado misticamente sobre os altares. Neste ano em que a Igreja Católica deveria celebrar jubilosa o centenário das aparições da Santíssima Virgem em Fátima, conclamando seus fiéis à conversão e penitência tal qual pedido na Cova da Iria, ao contrário, a Roma de Bergoglio preferiu dar espaço aos 500 anos da heresia luterana.

Preferiu exaltar o heresiarca que, em seu tempo, disse que a Missa era uma abominação e que destruí-la seria destruir o papado. E a liturgia à qual o frade apóstata de Erfurt se referia é justamente aquela que tão cruelmente se persegue dentro da Igreja: o rito da Missa Tradicional, oração por excelência, em seu “Usus Antiquior”.

Não aquele ritual fabricado por Monsenhor Annibale Bugnini, sacerdote lazarista e maçom, com a chancela de Paulo VI e que passou a vigorar através do Novus Ordo Missae em 1969. Essa celebração, Memorial da Paixão como se costuma frisar, nada tem com aquela liturgia sagrada que santificou gerações de cristãos ao longo de séculos, se trata apenas de uma ceia protestante, rezada na língua de cada país, sujeita a alterações de todos os matizes e gostos, em suma: é o sonho-aberração de Martinho Lutero concretizado e defendido ferozmente pelos arautos da modernidade decadente, da “renovação” da Igreja, os cegos e surdos que se arvoram em proprietários da vida litúrgica e, por consequência, das almas dos fiéis católicos, cada vez mais dispersos, confusos e desconcertados diante da enorme crise no seio da Igreja que se arrasta desde os anos 60.

Se o Catolicismo claudica em tantos recantos do mundo, que se saiba sua causa. O vilipêndio com o qual se tratou tão gloriosa dádiva que é a Missa segundo o Rito Tradicional, dito de São Pio V, é a resposta ao declínio da prática religiosa, à apostasia da fé e decadência dos costumes. Atentar contra o sagrado é golpear-se de morte. Uma sociedade católica se faz com estruturas católicas.

Destrua a Missa, destruirá o papado, destrua o papado e o rebanho será disperso. Alguém ainda acredita que tudo vai bem?

 

Donato Rossetto é jornalista especializado em religião e colaborador dos portais Catolicismo Romano e Rádio Italiana.

 

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