
Uma multidão ficou reunida em diversas praças de Roma, na Itália, para protestar contra o uso do chamado “passe verde”, certificado sanitário dado a pessoas vacinadas contra a Covid-19, curadas da doença ou com resultado negativo em teste molecular ou de antígeno.
A maior concentração de pessoas ocorreu na Piazza del Popolo, no centro da capital, onde foram registrados confrontos entre os manifestantes e a polícia italiana. Um grupo, inclusive, arremessou objetos contra os agentes e invadiu a piazzale Flaminio, bloqueando o tráfego.
Insultos ao primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, e xingamentos contra os sindicatos e a imprensa também podem ser ouvidos.
As autoridades italianas realizaram uma ação para dispersar a multidão e utilizaram algumas bombas de gás lacrimogêneo para tentar conter a mobilização. Em resposta, os manifestantes lançaram fogos de artifício e bombas de papel.
Em outro ponto da cidade, na Porta Pinciana, também houve tensão quando outros manifestantes decidiram iniciar uma passeata não autorizada. Um grupo chegou a entrar na sede da Confederação-Geral Italiana do Trabalho (CGIL) em Roma.
Já próximo da Villa Borghese, algumas pessoas atacaram os policiais ao tentar romper a barreira de segurança.
Dois manifestantes, no entanto, alegam ter sido atropelados por um carro blindado das autoridades que interveio durante a confusão.
Durante o ato, centenas de pessoas também se uniram e seguiram em direção do Palazzo Chigi, sede do governo italiano. No momento, a mobilização está na piazza San Silvestro e se mantém afastada do cordão policial.
Segundo os organizadores, pelo menos 10 mil pessoas participam da grande mobilização, que afeta também a piazza Bocca della Verità, no centro da “cidade eterna”.
O protesto acontece poucos dias antes do retorno dos trabalhadores dos setores público e privado, em 15 de outubro, com a obrigatoriedade do certificado sanitário.