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Centro de imigrantes ilegais da ilha de Lampedusa está superlotado e à beira de um colapso

O centro de imigrantes ilegais da ilha siciliana de Lampedusa, na Itália, está à beira do colapso após a chegada de novos imigrantes, segundo informaram fontes locais.

Atualmente estão no centro mais de 1800 pessoas, apesar de sua capacidade máxima ser de 800. Muitas pessoas passaram a última noite ao ar livre por falta de camas. Foi realizado um protesto para sensibilizar a opinião pública sobre a situação enfrentada na ilha.

 

A superlotação se intensificou após o recente endurecimento da posição do Ministério do Interior, que determinou que os imigrantes não serão mais transportados de Lampedusa para centros em outras regiões do país, mas permaneceram ali até sua repatriação.

Para verificar a situação e buscar soluções, um grupo de especialistas do Ministério do Interior foi à ilha, que é o lugar italiano mais próximo ao continente africano, e onde mais ocorrem imigrações ilegais

A maioria dos imigrantes presentes no centro de Lampedusa é da Tunísia, porém também há nigerianos, somalis e eritreus. Ao todo, 448 pessoas desembarcaram entre segunda-feira e ontem nas costas sicilianas, segundo informou a Guarda Costeira.

Em uma das embarcações que ia a Lampedusa, viajavam 220 imigrantes, dos quais sete eram mulheres e 28 menores de 18 anos. Em outro barco, havia 228 pessoas sem documentos, sendo 34 mulheres e um bebê, que desembarcaram em Pozzallo, no sudeste da ilha da Sicilia. Na segunda-feira, já haviam chegado 423 pessoas a Lampedusa.

No início deste mês o ministro italiano do Interior tinha dito esperar que em 2009 não se repitisse a "crise dos desembarques de clandestinos em Lampedusa", local que em 2008 registrou recorde de chegadas de imigrantes ilegais.

Segundo dados do comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), mais de 67 mil imigrantes ilegais chegaram à Europa por vias marítimas em 2008, dos quais 36 mil desembarcaram na Itália, em sua maioria provenientes da Líbia.

Por isso, a Itália e a Líbia deverão realizar um patrulhamento conjunto de toda a costa líbia a partir de fevereiro, para evitar a imigração ilegal. A maioria dos imigrantes ilegais líbios que atravessam o mar Mediterrâneo tenta entrar na Itália pela ilha.

De acordo com o Ministério do Interior italiano, o desembarque de imigrantes clandestinos durante o ano passado foi quase 75% maior do que o registrado em 2007.

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