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Chefe da Defesa Civil da Itália diz a crise do lixo de Nápoes será resolvida até o final de semana

O chefe da Defesa Civil da Itália, Guido Bertolaso, garantiu que a situação na província de Nápoles, onde a população condena a abertura de um novo aterro sanitário com protestos e manifestações, estará "sob controle" até o final da semana.

O funcionário assinalou que "não há necessidade" de intervenção do Exército na região, onde a situação está mais calma depois de diversas noites de confrontos entre moradores e forças de ordem, que resultaram em pessoas feridas e presas, caminhões de lixo e carros da polícia incendiados e danificados.

"Eles fizeram um bom trabalho e continuarão a fazê-lo, mas não compete a eles recolher os dejetos pelas estradas", comentou Bertolaso, que também é subsecretário da presidência do Conselho de Ministros da Itália.

Em entrevista à mídia local, ele apontou que "graças ao diálogo, a situação está melhorando". Nos municípios napolitanos de Boscoreale e Terzigno — onde seria construído o novo aterro, Cava Vitiello –, os protestos acabaram devido à suspensão temporária do depósito de resíduos Cava Sari, em Terzigno, onde ocorriam os confrontos mais violentos.

No local trabalham os encarregados de analisar, após as reclamações dos moradores, as condições ambientais — motivo pelo qual o lixo parou de ser jogado ali por alguns dias.

 

Na prefeitura de Nápoles, um novo encontro entre Bertolaso; o presidente da província, Luigi Cesaro; e os prefeitos de Terzigno e Boscoreale, respectivamente Domenico Auricchio e Gennaro Langella, terminou novamente sem acordo.

O governo italiano oferece a suspensão por tempo indeterminado da abertura de Cava Vitiello, localizado no parque nacional em torno do vulcão Vesúvio.

Os líderes locais, no entanto, pedem mais garantias de que o aterro não será construído — a obra já foi aprovada em lei.

Bertolaso comentou também os conflitos entre as forças de ordem e a população, que chegaram a lançar coqueteis molotov contra os policiais.

"Os moradores de Terzigno não sabem nem o que é isso, 90% dos cidadãos é decente", garantiu ele. "Houve uma instrumentalização. Os bandidos chafurdam onde há situações de emergência. As forças estão fazendo um trabalho muito difícil, e quem tinha contas abertas com a polícia agora se vinga", completou o chefe da Defesa Civil.

Na semana passada, um um dos enfrentamentos mais recentes, dois carros-patrulha foram atacados com pedras e barras de ferro e um agente ficou ferido no olho. Três manifestantes acabaram presos.

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