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Diretor de documentário sobre a Itália diz ter sofrido censura no país

O cineasta britânico Bill Emmott disse que foi vítima de censura, depois que um importante museu italiano cancelou a exibição do seu documentário intitulado "Namorada em coma", com fortes críticas à atual situação política e econômica da Itália.

O Museu da Arte do Século 21, onde o filme seria apresentado em 13 de fevereiro, cancelou a exibição, dizendo que ela não seria conveniente nos dias que antecedem à eleição geral italiana de 24 e 25 de fevereiro.

Emmott, ex-editor da revista Economist, fez o filme em parceria com a italiana Annalisa Piras, com a intenção de mostrar um suposto declínio moral, social e econômico na Itália nos últimos 20 anos – período em que a política local foi dominada pelo ex-premiê Silvio Berlusconi.

O documentarista disse que se considera vítima da "censura e estupidez", mas o museu – mantido por uma fundação supervisionada pelo Ministério da Cultura – negou ter havido censura. "Depois da eleição, o filme poderá ser mostrado aqui", disse um porta-voz.

"Estou chocado", disse Emmott por telefone à Reuters, da Jamaica. "Eu não ficaria chocado se isso tivesse acontecido durante o governo do meu bom amigo Silvio Berlusconi, mas o Ministério da Cultura fazer isso agora é assustador."

Berlusconi deixou o cargo de premiê pela última vez em novembro de 2011, num momento em que a Itália estava à beira de um colapso financeiro.

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