O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, afirmou que chegou o momento para que o país aplique uma "política industrial séria" a fim de se ajustar às coordenadas principais da integração europeia.
"Temos necessidade disso para os empregos e para os jovens que hoje são para nós o motivo principal de preocupação", comentou o chefe de Estado durante uma cerimônia em Mestre, na província de Veneza.
De acordo com Napolitano, junto ao desemprego nessa faixa etária se apertam "os nós da economia". "Há uma cota muito consistente de jovens que não estão empregados em processos formativos nem laborais, nem de treinamento ao trabalho", acrescentou ele.
"Devemos conseguir dar respostas sobre todos estes campos", tendo em vista os "limites estreitos" nos quais se move a ação pública e "o compromisso dos recursos no orçamento do Estado, ponto incontornável para o governo e a oposição".
O presidente falou de uma "evolução no sentido autonômico e federalista" da República "como garantia da renovada unidade nacional", assinalando que "o perfil de administrador não é menor do que o de parlamentar e político".
Napolitano também exortou para "colocar em confronto posições diferentes com o mesmo sentido de responsabilidade e unidade nacional, para o futuro do país e das novas gerações".
O chefe de Estado comentou ainda a ausência de um ministro de Desenvolvimento Econômico — cargo que é ocupado interinamente pelo premier Silvio Berlusconi, depois que o antigo titular, Claudio Scajola, deixou o posto em maio, após ser citado em um inquérito da Procuradoria de Perúgia.
"Estou convencido das coisas que disse: é necessário que nos juntemos. A Itália quer ter uma indústria e uma política industrial. Pois então temos um vazio que precisamos preencher", explicou ele.
