A Corte de Apelação de Turim condenou a 18 anos de prisão por desastre doloso o empresário suíço Stephan Schmidheiny, proprietário da empresa Eternit.
A empresa utilizava fibra de amianto, um mineral altamente tóxico e cancerígeno, na produção de materiais de construção, e por isso teria provocado a morte de quase três mil pessoas, entre funcionários ou moradores próximos das plantas da Eternit na Itália.
O tribunal também decidiu o pagamento de cerca de 30,9 milhões de euros para a cidade de Casale Monferrato e 20 milhões de euros para a região Piemonte, local da fábrica mais importante da empresa, onde foi registrado o maior numero de mortos.
O presidente do tribunal enumerou uma lista de indenizações deverão ser pagas as vitimas. Schmidheiny foi considerado culpado por "catástrofe sanitária e ambiental permanente" e por ter infringido as regras de segurança do trabalho.
O empresário já tinha sido condenado a 16 anos de prisão em primeiro grau. O outro réu além de Schmidheiny era o barão belga Louis De Cartier, mas o tribunal decidiu retirar as acusações após seu falecimento, no dia 21 de maio aos 92 anos.