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Cresce polêmica sobre casamentos gays em Roma

O prefeito de Nova York, Bill De Blasio, telefonou para o seu colega de Roma, Ignazio Marino, para cumprimentá-lo por se recusar a cancelar o registro de casamentos entre homossexuais celebrados no exterior e aceitos na capital italiana.

O mandatário da maior cidade dos Estados Unidos chamou a posição de Marino de "forte e corajosa". "Meu amigo, siga em frente porque é uma batalha justa", disse o norte-americano. Na manhã desta sexta-feira, o prefeito de Roma recebeu do administrador da província homônima, Giuseppe Pecoraro, um ofício de anulação das transcrições de 16 matrimônios gays contraídos em outros países.

No entanto, Marino se recusou a acatá-lo. "Demos mandato aos nossos escritórios para fazer um aprofundamento. Neste momento, não aceitamos a ordem de cancelar os registros já realizados", afirmou o chefe municipal em um vídeo publicado no Facebook. Segundo o prefeito, um dos argumentos usados por Pecoraro é que uma lei italiana diz que não devem ser aceitos casamentos celebrados no exterior se isso causar "danos à ordem pública".

"Eu sinceramente não consigo entender que perigo representa a existência de um casal que se ama e que declarou o próprio amor", acrescentou Marino. No último dia 18 de outubro, a capital italiana transcreveu pela primeira vem em sua história 16 uniões entre pessoas do mesmo sexo realizadas no exterior, seguindo o exemplo do que fora feito recentemente por outras cidades locais, como Bolonha.

O tema tem provocado polêmica porque a legislação da Itália proíbe o casamento entre homossexuais. No país, os chefes de província são diretamente subordinados ao Ministério do Interior, comandado atualmente pelo conservador Angelino Alfano.

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