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Crise imigratória abre nova polêmica na Itália

O problema da imigração abriu mais um embate político na Itália, que é um dos principais destinos de cidadãos estrangeiros da África que cruzam o Mar Mediterrâneo para entrar na Europa.

A polêmica foi iniciada pelo governador da Lombadia, Roberto Maroni, que afirmou que recomendaria os prefeitos locais a se recusarem a receber imigrantes clandestinos. "É um fato gravíssimo. Amanhã escreverei uma carta aos prefeitos da Lombardia recomendando que eles não tragam novos clandestinos", disse Maroni.

Em resposta, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou que é preciso acabar com a política "demagógica", pois não basta apenas "criar slogans" para resolver o problema da imigração. "Alguns desses governadores que se lamentam estavam no governo quando a política de imigração foi decidida", disse o premier.

Renzi também destacou que é "difícil" pedir "ajuda e participação da União Europeia para a crise imigratória quando algumas regiões da própria Itália dizem que o problema não interessa a elas". Atualmente, a Itália tenta convencer a União Europeia a adotar uma série de medidas e políticas imigratórias que possam resolver os problemas com naufrágios no Mar Mediterrâneo.

Diariamente, dezenas de embarcações chegam à costa italiana, principalmente à ilha de Lampedusa, lotadas de imigrantes africanos. A maior parte delas é comandada por traficantes de seres humanos. Em diversas ocasiões, os barcos ficaram à deriva, naufragaram ou sofreram acidentes que mataram centenas de pessoas. A Guarda Costeira italiana resgatou 2,3 mil estrangeiros em alto-mar. Uma das propostas da Itália na UE é sobre "responsabilidade compartilhada", pela qual os imigrantes deverão ser transferidos e distribuídos pelo continente.

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