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CRISE: Itália e Espanha de novo sob pressão nos mercados de dívida

Os juros da dívida espanhola e italiana a dez anos estão a disparar de novo nos mercados secundários desde o início do mês, trazendo o espectro de uma nova intensificação da crise da dívida europeia, mas agora com epicentro em Espanha.

As taxas de juro implícitas às transacções com obrigações espanholas a dez anos estavam a aproximar-se novamente de níveis perigosos, atingindo 5,865%, segundo dados da agência Reuters cerca das 10h, depois de ontem o Governo de Madrid ter anunciado cortes de dez mil milhões de euros nas despesas com saúde e educação e de se ter comprometido com um défice público de 3% do PIB no próximo ano.

Os juros implícitos das obrigações espanholas a dez anos tinham atingido o seu máximo histórico (desde que existe euro) nos 6,714% a 25 de Novembro, mas na altura o centro das preocupações era a Itália – cujos juros implícitos ultrapassaram o limiar crítico dos 7% entre Novembro e o início de Janeiro.

A maciça cedência de liquidez do BCE aos bancos da zona euro em Dezembro e no final de Fevereiro fez descer os juros cobrados nos mercados a estes dois países, mas esse efeito parece agora ameaçado pelo comportamento dos mercados secundários (onde são revendidos os títulos de dívida com que os Estados se financiam em leilão) nas últimas semanas.

As obrigações espanholas a dez anos (prazo de referência nos mercados) têm sido transaccionadas com os juros em subida continuada desde o dia 2, quando estavam em 5,336%, depois de já terem subido em Março.

No caso da Itália, os juros a dez anos estavam em 5,513% às 9h55 de hoje (também segundo dados da Reuters), face a 5,107% no dia 2, depois de também terem já subido em Março. Nos dois países, as taxas implícitas nos mercados secundários subiam em topos os principais prazos.

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