O Tribunal de Nápoles pediu à Câmara dos Deputados a prisão do ex-subsecretário de Economia Nicola Cosentino, atual deputado pelo Povo da Liberdade (PDL, o partido do ex-premierSilvio Berlusconi), por suposta ligação com a máfia napolitana, a Camorra.
Cosentino é acusado de pressionar funcionários de um banco para a concessão de financiamentos a expoentes do clã dos Casalesi para a abertura de um centro comercial. Entre outros crimes, ele também é acusado de falsificação e lavagem de dinheiro.
O pedido de prisão foi emitido pela juiza para indagações preliminares Egle Pilla, a pedido dos procuradores Antonio Ardituro,Francesco Curcio e Henry John Woodcock.
Segundo o magistrado, Cosentino é definido como uma "referência política" para o clã dos Casalesi.
A operação policial, que inclui a ação dos Carabineiros (Polícia Militar), tem 50 mandados de prisão contra chefes, políticos e empresários acusados de vários crimes, entre eles associação com a Camorra, lavagem de dinheiro, corrupção e falsificação.
O nome do presidente da província de Nápoles, Luigi Cesaro, também apareceu entre os réus, mas sem a acusação de ligação com a máfia napolitana.