O deputado italiano Piero Fassino, responsável pela Política Externa do Partido Democrático (PD), elogiou a trajetória política e o caráter do ex-presidente da Argentina, Raúl Alfonsín, morto, aos 82 anos de idade.
Primeiro presidente eleito após o fim da ditadura militar na Argentina, em 1983, Alfonsín foi o responsável pela transição do país do autoritarismo à democracia e ao pluralismo. Ele sofria de câncer no pulmão há cerca de um ano e seu estado de saúde se complicou por causa de uma pneumonia, que acabou levando-o à morte.
"O presidente Alfonsín foi um homem do retorno da democracia na Argentina, reunificando, com firmeza e generosidade, um país dilacerado pela "guerra suja" e pela tragédia dos desaparecidos", afirmou Fassino.
Para o deputado italiano, o líder histórico do partido argentino União Cívica Radical (UCR) foi um homem de profunda humanidade, "sempre atento em primeiro lugar aos humildes com a tensão moral e política de quem luta para que cada pessoa seja reconhecida em sua dignidade".
"A Argentina e toda a América Latina perderam um homem que gastou toda a sua existência para afirmar a paz, o progresso, os direitos e a justiça social no próprio país e em todos os lugares do mundo", disse Fassino.
O deputado elogiou a trajetória política de Alfonsín, exaltando-o como "um dirigente prestigioso, que deixa uma extraordinária hereditariedade moral, humana e política".