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Ameaça de greve põe futebol feminino em xeque na Itália

Uma ameaça de greve na primeira divisão do futebol feminino italiano expôs nos últimos dias a precária situação das mulheres no esporte mais amado de um país que já venceu quatro Copas do Mundo com os homens.

As jogadoras da Série A prometiam não entrar em campo enquanto não fossem garantidas melhores condições de trabalho, colocando em risco a primeira rodada da competição. Um acordo de última hora acabou evitando a paralisação, mas ainda permanece a desconfiança em relação aos cartolas da Itália.

Entre outras coisas, as atletas exigem o fim do passe (assim como acontecia com os homens há 20 anos, elas não podem romper o vínculo com seu clube mesmo após o fim do contrato), a possibilidade de assinar contratos mais longos e novos recursos para o desenvolvimento do futebol feminino.

Todas essas questões são discutidas há anos no país, mas até hoje as mulheres não são sequer profissionalizadas. Atualmente, a categoria é gerida pela Liga Nacional Amadora (LND), cujo agora ex-presidente Felice Belloli, em maio passado, chegou a dizer: "Basta! Não podemos sempre falar em dar dinheiro a essas quatro lésbicas". Pouco depois, ele foi tirado do cargo.

"É hora de, no país em que o futebol masculino manda, a Itália também valorizar o futebol feminino", declarou a secretária-geral da Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil), Susanna Camusso. Na semana que vem, as partes interessadas voltarão a se reunir para discutir o assunto, mas por enquanto está descartada uma nova ameaça de greve.

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