A Itália conseguiu vender 6.485 milhões de euros em títulos do Tesouro com várias maturidades.
Deste total, o Estado italiano colocou 3.865 milhões de euros de uma nova linha de obrigações a 5 anos. Neste leilão, o juro subiu para 5,6%, a taxa mais elevada numa emissão com esta maturidade desde que o euro foi criado.
O montante total colocado ficou dentro do intervalo previsto, que apontava para uma emissão entre os 5 e os 7 mil milhões de euros.
No mesmo sentido, o montante indicativo para o leilão de obrigações a 5 anos fixava-se entre os 3 e os 4 mil milhões de euros, pelo que também aqui, Itália não falhou o objectivo. Nesta emissão, a procura superou a oferta em 1,279 vezes, abaixo do rácio de 1,93 vezes registado na última emissão de obrigações a 5 anos.
Nem o facto de ter sido divulgado que o Banco Central Europeu (BCE) estava esta manhã a comprar títulos de dívida italianos aliviou o juro.
Além disso, também nem as expectativas de que a China pode avançar com a compra de títulos de dívida de Itália, depois de um pedido de Roma e negociações nesse sentido, parece ter surtido grande efeito nos leilões de dívida italianos de hoje.
Nesta altura, os juros das obrigações de Itália agravam-se em todos os prazos no mercado secundário, com o juro a 5 anos a avançar 30 pontos base até aos 5,453%.