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Ministra italiana critica “delírios” do ex-ativista Cesare Battisti

A ministra da Juventude da Itália, Giorgia Meloni, criticou hoje o que chamou de "delírios" do ex-ativista italiano do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Cesare Battisti, que está preso no Brasil e pode ser extraditado de volta a seu país.

 

"Estou nauseada pelos contínuos delírios de Battisti, um assassino já condenado como tal, que do seu dourado exílio tenta reconstruir uma virgindade moral em prejuízo da Itália e das vítimas dos anos de chumbo", enfatizou a ministra, referindo-se às alegações de inocência do ex-militante. 

Preso no Brasil desde 2007, Battisti recebeu o refúgio político do Ministro da Justiça, Tarso Genro, no início deste ano. Na Itália, ele foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas, vítimas de ações do PAC na década de 1970. 

"A coisa mais vergonhosa é que na sua vil campanha difamatória não poupa injuriosos ataques nem mesmo às suas vítimas e aos seus familiares. Não satisfeito em ter matado, Battisti continua a ser cruel", atacou a ministra. 

O Supremo Tribunal Federal (STF) está julgando um pedido do governo italiano de extradição do ex-ativista. A primeira audiência foi realizada no dia 9 de setembro e sete ministros votaram, quatro a favor e três contra a extradição. 

Meloni esclareceu hoje que "o governo italiano não busca um troféu, mas só um pouco de justiça para os muitos que sofreram e para que nenhuma justificativa ideológica possa alimentar no futuro novos focos de violência terrorista". 

Ela também avisa: "Battisti e o seu ego sem confim não se iludam". A segunda audiência do STF está marcada para a quinta-feira da próxima semana. Se aprovada, a extradição precisará ser ratificada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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