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ECONOMIA NA EUROPA: Bancos na Itália despencam com receio de contágio da Grécia

O UniCredit SpA e Intesa Sanpaolo SpA despencaram na bolsa de Milão depois que o anúncio de revisão de suas notas de crédito intensificou o receio de contágio da crise da dívida na Europa 

O UniCredit, maior instituição financeira da Itália, liderava as quedas, com baixa de 5,06 por cento, para 1,37 euros por ação, depois atingir 8,9 por cento de queda. O Intesa Sanpaolo, segundo maior banco do país em ativos, caía 3,93 por cento para 1,713 euros por ação. O banco chegou a recuar 7,2 por cento hoje. Ambas as ações foram suspensas na bolsa de Milão por alguns minutos depois de ultrapassar o limite de variação intradiária.

A Moody’s Investors Service disse ontem que pode rebaixar 13 bancos italianos porque eles estariam vulneráveis a um corte no na nota soberana do país. A agência disse na semana passada que a classificação da dívida da Itália pode ser rebaixada devido aos baixos níveis de crescimento econômico e a potencial elevação de juros em decorrência de uma crise econômica. Os bancos italianos passarão por testes de stress no próximo mês, para avaliar se eles têm capital suficiente.

O título da dívida soberana da Itália com vencimento em dez anos caiu, levando o prêmio sobre o título equivalente da Alemanha ao maior nível desde a criação do euro, em 1999. A diferença do rendimento entre eles aumentou cinco pontos-base para 212 pontos-base.

“O rebaixamento pela Moody’s pode ser ainda maior para abranger a dívida de longo prazo”, disse Thomas Laschetti, operador na Tullett Prebon Ltd. em Londres. “Isso é o suficiente para criar o ambiente certo para reduzir a exposição ao setor.”

Representantes do Intesa Sanpaolo e do UniCredit em Milão não quiseram comentar.

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