Notícias

Em queda livre, ações do Banco “Monte dei Paschi di Siena” caem 22% em Milão

Em queda acentuada há alguns dias, as ações do Monte dei Paschi di Siena (MPS), considerado o banco mais antigo do mundo ainda em atividade, seguem derretendo na Bolsa de Valores de Milão.

 

Os papéis da instituição financeira fecharam o pregão com uma queda de 22,2%, isso após as negociações do título terem sido interrompidas durante boa parte do dia. Atualmente, o preço da ação do MPS está no mínimo histórico de 0,51 euro.

 

Os investidores temem que a companhia possua em sua carteira uma grande quantidade de créditos deteriorados (empréstimos que dificilmente serão pagos), ainda mais depois de o Mecanismo Único de Supervisão (SSM, na sigla em inglês), órgão ligado ao Banco Central Europeu (BCE), ter enviado questionamentos sobre o assunto à instituição.

 

Outro banco na mira do SSM, o Carige, também operou no vermelho na Bolsa de Milão, com queda de 17,79%. Em meio às turbulências, o CEO do Monte dei Paschi disse estar convencido de que a empresa saberá superar esse momento, "ainda que não seja fácil". "O banco continua a operar normalmente", garantiu.

 

Já o prefeito de Siena, Bruno Valentini, declarou que não está preocupado com a situação porque a capitalização na bolsa não representa o valor da empresa. "É um banco saudável, mas teria uma mão se o governo e a Europa decidissem encontrar uma forma, assim como em outros países, de administrar os créditos deteriorados", acrescentou.

 

Também pesa sobre o MPS a falta de perspectiva de encontrar um comprador. Nesta quarta, um dos possíveis candidatos, o Intesa Sanpaolo, descartou qualquer possibilidade de adquirir a instituição toscana. "Queremos criar valor para os acionistas, não podemos comprar o MPS ou qualquer outro banco", explicou o CFO Carlo Messina, que participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios