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ENTRETENIMENTO: Novela “Passione” traz a cultura italiana de volta na telinha

Por Arcangela Mota A cultura italiana voltou a fazer parte do horário nobre da Globo. Só que, dessa vez, sem os típicos figurinos e histórias de época que caracterizaram produções como Terra Nostra e Esperança. E sem os tradicionais núcleos centrados em descendentes de italianos que vivem no Brasil. Em Passione, nova novela das nove da emissora, a bucólica região da Toscana, no Norte da Itália, divide espaço com a frenética cidade de São Paulo em uma trama contemporânea que mistura drama, comédia e suspense.

"A novela não tem uma temática específica nem um protagonista. Os rumos da história vão mudando conforme segredos são revelados", explicou o autor Silvio de Abreu, que, para contar as paixões que movem a trama, dispõe de um elenco de peso, com Fernanda Montenegro, Tony Ramos, Aracy Balabanian, Mariana Ximenes, Reynaldo Gianecchini e Carolina Dieckmann.

Com um investimento aproximado de R$ 94 milhões – 450 mil por cada um dos 209 capítulos -, a novela estreia com a missão de levantar a audiência na faixa das 21 h da Globo, que esteve na média dos 35 pontos ao longo dos oito meses em que Viver a Vida esteve no ar.

O eixo da história gira em torno da rica família Gouveia, encabeçada pelo casal Eugênio e Bete, interpretados por Mauro Mendonça e Fernanda Montenegro. Após 55 anos de casamento e três filhos criados, Bete descobre, no leito de morte do marido, que ele escondeu um segredo durante todo esse tempo: o primeiro filho dela, que supostamente nasceu morto, está vivo. O bebê, fruto de um relacionamento que ela teve antes de se casar, foi dado por Mauro a um casal de empregados italianos que trabalhava em sua casa. Quando descobre que o filho está vivo e morando na Itália, a determinada matriarca dá início a uma busca com o objetivo de se aproximar dele. "Ela é uma heroína do século XXI. Estou muito confortável e preparada para o papel, por mais que seja diferente de tudo que já fiz na TV", avaliou Fernanda Montenegro.

Na Toscana, o simpático Totó, personagem de Tony Ramos, leva uma vida tranquila no campo ao lado dos quatro filhos e da irmã Gemma, de Aracy Balabanian. Sem desconfiar que é o filho perdido de Bete, ele sofre uma mudança brusca ao se apaixonar perdidamente por Clara, papel de Mariana Ximenes, uma enfermeira ambiciosa que trabalhava para a família Gouveia. "A grande passione da história é da parte do Totó. A polêmica não será a diferença de idade, e sim a ingenuidade dele em levar um golpe e não se dar conta", analisou Tony, que passou dois meses na Itália aprendendo os afazeres do campo e gravando cenas da novela.

Durante um mês, uma equipe de mais de 40 pessoas viajou para a Itália, onde as gravações foram realizadas em 50 locações na região da Toscana e em Roma. A diretora de núcleo Denise Saraceni e o autor Silvio de Abreu visitaram o país três vezes para estudar as paisagens em todas as estações do ano. As demais externas do núcleo italiano são feitas em uma área de 1.480 m² no Projac, que reproduz características típicas da Toscana. "Vamos tentar manter essa Itália em movimento.

A passagem pela Toscana não é uma viagem típica de começo de novela", afirmou Denise. Já para o núcleo de São Paulo, foi construída uma versão reduzida do bairro do Tatuapé, com quase três mil m². "Depois de muita pesquisa acredito que conseguimos trazer detalhes desse bairro com tantas histórias e particularidades para essa montagem", observou o cenógrafo Fernando Schmidt.

E é com as belas paisagens italianas como pano de fundo que os vilões da história põem em prática um plano em busca da fortuna da família Gouveia. Ao descobrir que Mauro deixou metade de seus bens ao filho de Bete, Clara e Fred, vivido por Reynaldo Gianecchini, viajam à procura do herdeiro, com quem a enfermeira acaba se envolvendo. "É uma personagem imoral e vulgar que me permite explorar várias nuances", avaliou a atriz, que, na trama, vive uma relação sensual com o também ganancioso Fred. "Representar um vilão é bom porque temos licença para fazer várias coisas que não faríamos normalmente", disse Gianecchini.

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