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Após prisões, Itália quer seguir com Expo 2015

O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi afastou seu partido, o Forza Italia, de ligações com o escândalo de corrupção envolvendo organizadores da Expo Milão 2015.

"O meu parecer é que estão havendo muitos exageros. Foi super importante para a Expo a contribuição do meu governo em chamar tantos países para participarem do evento", disse o ex-premier. "Essas coisas [denúncias] não têm nada a ver com a minha parte política", acrescentou.

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, telefonou a Raffaele Cantone, presidente da Autoridade Nacional Anticorrupção, para discutir o caso. Por sua vez, Cantone garantiu que a feira mundial não será cancelada. "Se isso acontecesse, estaríamos admitindo que a ilegalidade venceu. Precisamos seguir adiante", afirmou.

A mesma posição foi expressa pelo governador da região da Lombardia, Roberto Maroni, e pelo ministro das Infraestruturas da Itália, Maurizio Lupi. "Essa história colocou uma sombra sobre a Expo, mas vejo o copo 'meio cheio', e não 'meio vazio'. Isso quer dizer que o sistema funciona. Agora, só precisamos garantir que a Expo seja organizada a tempo", comentou Maroni.

Na última semana, o grupo foi preso sob acusação de crimes contra a administração pública, corrupção e associação criminosa. De acordo com a Procuradoria, foi criada na Lombardia uma "verdadeira cúpula para condicionar compras e contratos", alguns deles relacionados à Expo Milão 2015 e à construção de pavilhões de vários países. Essa "cúpula", que agia há mais de 1 ano e meio, pedia "progressões na carreira profissional" em troca de concessões e "proteções políticas" a empresários e funcionários públicos. "Eu te dou todos os contratos que quiser, desde que você alavanque minha carreira", teria dito Angelo Paris, segundo a Justiça.

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