
Alemanha, França e Reino Unido alertaram o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que o Irã pode estar violando as normas do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), um acordo internacional assinado com o país persa.
Os europeus, conhecidos como E3, declararam que ativaram um mecanismo chamado “snapback” em virtude das supostas “graves violações” de Teerã, que poderiam até mesmo abrir caminho para futuras sanções.
A decisão “abre um período de 30 dias antes do possível restabelecimento” das resoluções e sanções do Conselho de Segurança da ONU, informaram os chanceleres das nações. Além disso, os governos dos três países afirmaram que usarão esse tempo para seguir dialogando com os persas.
As sanções contra os iranianos mencionadas pelos ministros das Relações Exteriores alemão, francês e britânico foram suspensas após um acordo nuclear em 2015.
Após as potências europeias se mobilizarem para restabelecer as sanções da ONU contra o Irã, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, apoiou um “resolução pacífica e duradoura para a questão nuclear” de Teerã, mas, ao mesmo tempo, saudou o “retorno” das medidas, há muito tempo defendido por Donald Trump, presidente americano.
Rússia e China, por sua vez, solicitaram uma “extensão de seis meses” da Resolução 2231, sem implementar imediatamente o mecanismo para restabelecer as sanções contra o Irã. O vice-embaixador de Moscou na ONU, Dmitry Polyanskiy, classificou a medida das potências europeias como “absolutamente ilegal”.