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Europeus se reúnem de olho em guerra e migração; Meloni reafirma apoio à Ucrânia

Líderes de toda a Europa se reuniram em Granada, na Espanha, com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

A cidade andaluz recebe a segunda cúpula da Comunidade Política Europeia (CPE), plataforma surgida em 2022 para promover o diálogo no continente para além da União Europeia, e as discussões devem girar em torno do conflito russo-ucraniano.

“Aqui tem uma forte mensagem para Putin: não vamos aceitar o uso da força contra um Estado soberano”, afirmou a presidente da Comissão Europeia (poder Executivo da UE), Ursula von der Leyen.

Em meio a uma contraofensiva que não avança como esperado, Zelensky deve aproveitar a ocasião para reforçar o pedido por armas e sistemas de defesa antiaérea, sobretudo em vista da chegada do rígido
inverno europeu, no fim do ano.

“A nossa esperança é a de manter a Europa unida”, disse o líder ucraniano ao chegar em Granada. “Nosso objetivo é conseguir um escudo de defesa aérea para o inverno, quando sofreremos muitos ataques de diversas dimensões”, acrescentou.

Recentemente, a Polônia, sempre na linha de frente do apoio a Kiev, anunciou que não enviará mais armas à Ucrânia, enquanto o Orçamento provisório aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos não prevê auxílios militares.

No entanto, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, garantiu que a UE está “preparando um novo e importante pacote de ajudas”.

Outro tema na pauta da cúpula de Granada foi a crise migratória no Mar Mediterrâneo Central, em meio às cobranças da Itália por mais apoio europeu para enfrentar a emergência.

“A proposta italiana não é para continuar falando de como distribuir as pessoas que entram ilegalmente na Europa, mas sim bloquear a imigração ilegal”, afirmou a premiê Giorgia Meloni, que defende o aumento dos investimentos europeus na África.

“A Itália quer que exista uma abordagem não paternalista”, ressaltou.

Reunião Bilateral

Paralelamente, Meloni se reuniu com Zelensky para reafirmar seu apoio contínuo ao país durante a guerra russa e discutir o próximo pacote de ajuda militar.

Em nota, o Palazzo Chigi informou que o “encontro cordial” ocorreu à margem da Cúpula da Comunidade Política Europeia em Granada.

“Meloni confirmou o apoio contínuo e convicto de 360 graus do governo italiano às autoridades ucranianas para a defesa das infraestruturas críticas e para as necessidades de Kiev, tendo em vista o inverno, durante o tempo que for necessário e com o objetivo de alcançar uma paz justa, duradoura e abrangente”, acrescenta o texto.

Segundo o governo italiano, Zelensky aproveitou para agradecer Meloni e sua administração “pelo apoio que sempre deram às instituições e populações ucranianas”.

Além disso, “os dois líderes também discutiram como garantir o apoio à iniciativa dos grãos em favor dos países africanos que enfrentam uma crise alimentar crescente”.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), Zelensky revelou que, durante sua reunião com Meloni, ambos também reafirmaram “a forte parceria ítalo-ucraniana” e falaram sobre a contraofensiva das tropas de Kiev perante à invasão russa.

“Agradeci a Itália pelo seu apoio constante e de princípios na proteção da nossa liberdade, do nosso povo, das nossas famílias.

Informei a primeira-ministra do progresso da nossa contraofensiva e das nossas necessidades prioritárias de defesa”, escreveu ele.

Além disso, colocaram em pauta o próximo pacote de ajuda militar da Itália, incluindo formas de fortalecer a defesa aérea da Ucrânia.

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