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Ex-premiê da Itália Giuseppe Conte é agredido por antivacina

O ex-primeiro-ministro da Itália Giuseppe Conte, responsável por administrar a pior fase da pandemia de Covid-19 durante seu mandato, foi agredido na cidade toscana de Massa por um homem, supostamente antivacina.

O líder do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) foi atingido no rosto ao chegar a um evento eleitoral no centro da cidade italiana, quando se aproximou para cumprimentar as pessoas que estavam aglomeradas no local.

Neste momento, um homem, que parecia querer apertar a mão de Conte, deu-lhe um soco e passou a repreendê-lo por suas políticas de saúde pública no início da emergência sanitária provocada pelo novo coronavírus Sars-CoV-2. Na sequência, o agressor foi imediatamente detido pela polícia.

“A dissidência é legítima, mas esta manifestação violenta vai além do contexto democrático”, declarou Conte depois do ataque em comunicado à imprensa.

Durante seu mandato, o ex-premiê precisou enfrentar o surto de Covid-19 e o primeiro foco europeu em fevereiro de 2020, fazendo o país anunciar um lockdown e medidas restritivas para conter a emergência.

“Quando você assume uma responsabilidade de governo, você toma decisões difíceis em momentos de grande dificuldade para todo o país, como aconteceu durante a pandemia.

Você não pode agradar a todos, mesmo trabalhando para o bem de todos. O senhor que me atacou, que é um antivacina convicto, demonstrou com seu gesto violento que esse tipo de deriva é feito por pessoas irresponsáveis”, acrescentou ele.

Conte reforçou ainda que, se o governo tivesse seguido o conselho desse grupo, provavelmente hoje a Itália seria “uma comunidade completamente destruída”.

O ex-premiê será interrogado no próximo dia 10 de maio, em Brescia, no âmbito do inquérito sobre a gestão da primeira fase da pandemia de Covid-19. De acordo com a tese do Ministério Público de Bergamo, a decretação imediata de quarentena em duas cidades da província – Alzano Lombardo e Nembro – teria evitado 4 mil mortes pela doença nos primeiros meses da emergência, em 2020.

“Expresso minha solidariedade com o presidente do M5S, Giuseppe Conte. Qualquer forma de violência deve ser condenada sem hesitação. A dissidência deve ser civilizada e respeitar indivíduos e grupos políticos”, lamentou a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, em um comunicado.

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