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Ex-presidente da Telecom Itália renuncia à prescrição no Caso Kroll

Condenado em primeira instância a um ano e oito meses de prisão no Caso Kroll, o ex-presidente da Telecom e atual executivo da Pirelli, Marco Tronchetti Provera, renunciou à prescrição de sua pena.

Em uma audiência de segunda instância na Corte de Apelo de Milão, o empresário italiano surpreendeu a todos ao pedir que a prescrição de sua pena, ocorrida em setembro de 2014, fosse anulada. "Renuncio à prescrição, pois a considero moralmente inaceitável por um crime que não cometi. Estou à disposição dos juízes para novos exames e investigações", afirmou Tronchetti.

O caso Kroll se refere a possíveis interceptações e espionagem realizadas pela empresa de vigilância Kroll em 2004, época em que a Telecom enfrentava uma batalha com fundos de investimentos brasileiros pelo controle da Brasil Telecom.

De acordo com a denúncia, uma equipe de Tronchetti teria roubado dados de um computador da Kroll, empresa de inteligência contratada pelo banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, que à época era sócio e rival da Telecom Italia na batalha pelo comando da Brasil Telecom. O crime teria ocorrido ao longo de quatro anos. Na Justiça, Tronchetti sempre alegou o contrário: que foi vítima de espionagem praticada pela Kroll. Em julho de 2013, o executivo foi condenado por receptação de material de espionagem a um ano e oito meses, com atenuações genéricas e suspensão da pena, coberta por indulto.

Ele também foi obrigado a pagar 900 mil euros a acionistas da Telecom Italiana por danos materiais. A condenação, no entanto, prescreveu em setembro de 2014. Os advogados do italiano pediram a reabertura do caso com base em novas testemunhas a fim de conseguir a absolvição total.

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