Membros das comunidades científica e judaica italianas lançaram um manifesto para tirar os sobrenomes de médicos nazistas condenados por crimes de guerra das definições de várias patologias e exames ainda hoje utilizados.
O pedido foi apresentado, durante o seminário internacional "Médicos nazistas e doenças epônimas", realizado em Roma pela Universidade La Sapienza e por uma série de organizações de judeus.
Segundo o reitor do centro de ensino, Eugenio Gaudio, será enviada uma moção com o projeto para todas as sociedades científicas internacionais, com o objetivo de fazer com que ela chegue à Corte Europeia de Direitos Humanos.
Durante os anos do regime nazista, médicos usavam campos de concentração para fazer experimentos em cobaias humanas e batizavam as patologias descobertas por meio dessas atrocidades com seus sobrenomes. Mais tarde, muitos deles foram condenados por crimes de guerra.
Alguns exemplos são a síndrome de Reiter, bacteriologista que utilizava pessoas vivas em suas pesquisas, e o teste de Clauberg, ginecologista que efetuou graves experimentos em prisioneiros.