O grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) demonstrou receptividade ao apelo lançado no fim de semana pelo papa Francisco a favor de um acordo de paz com as autoridades do país. Em um comunicado, a organização enviou "saudações" em nome dos "milhares de guerrilheiros e guerrilheiras" ao Papa, o qual foi definido como "irmão dos pobres e missionário da paz".
Na mesma nota, as Farc destacaram que a "reconciliação" da Colômbia não está distante e que o país "não pode permitir uma nova falência" das negociações. Desde 2012, as autoridades colombianas negociam em Cuba um processo de paz com representantes das Farc, que por décadas realizaram sequestros e ataques contra as forças militares. Os guerrilheiros também pediram para o líder da Igreja Católica "continue difundindo a paz na Colômbia e contribua para levar o conflito ao fim, até que todos os atores reconheçam suas responsabilidades". No ano passado, Francisco ajudou a mediação entre Cuba e Estados Unidos, a qual levou à retomada das relações bilaterais.
Recentemente, autoridades colombianas admitiram a possibilidade do Papa participar das negociações com as Farc também.
Durante sua viagem a Cuba no fim de semana, o líder da Igreja Católica fez um apelo à paz na Colômbia. "Neste momento, sinto-me no dever de levar meu pensamento à amada terra da Colômbia, consciente da importância crucial do momento atual", disse Jorge Mario Bergoglio logo após celebrar uma missa em Havana.
