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Filme contra Berlusconi intitulado tem recepção morna no Festival de Cannes

A saia justa política causada pela diretora Sabina Guzzanti não teve uma repercussão à altura dos ataques do primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi.

O documentário "Draquila, l'Italie qui Tremble" foi recebido de maneira morna em Cannes. É que, apesar de politicamente forte, o filme, cinematograficamente, está longe de impactar. Ao contrário.

A escolha do documentário para uma sessão especial havia feito com que o ministro da Cultura da Itália, Sandro Boni, se insurgisse contra a projeção e cancelasse sua vinda ao festival. Não é a primeira vez que o governo Berlusconi tenta impedir que imagens que o desagradam sejam vistas pelo mundo.

A cineasta italiana Sabina Guzzanti posa durante divulgação de filme "Draquila" em Cannes

O documentário "Videocracia", de Erik Gandini, que foi exibido na Mostra de Cinema de São Paulo, também havia sido alvo de ameaças de censura.

"Draquila" tenta responder a pergunta que o mundo todo se faz: Por que os italianos votam em Berlusconi? Atrás da resposta, Sabina Guzzanti, autora de "Viva Zapatero", leva sua câmera para os escombros do terremoto de Aquila, ocorrido em 2009.

Como escreveram os críticos Jacques Mandelbaum e Thomas Sotinel, no "Le Monde", "o cinema do tipo soco no estômago carece, muitas vezes, de precisão e de rigor".

Mas, mesmo não tendo feito um grande filme, Guzzanti cumpriu, com louvor, o objetivo de tirar Berlusconi do sério.

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