O governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se prepara para apresentar seu primeiro projeto de Lei Orçamentária, que deve estabelecer 32 bilhões de euros de gastos em déficit para financiar promessas eleitorais.
Uma das principais medidas deve ser um pacote de 21 bilhões de euros para compensar famílias e empresas pela disparada do custo da energia, incluindo a revogação do imposto sobre valor agregado (IVA) de itens como pães, massas e leite.
“Se conseguirmos zerar o IVA sobre bens de primeira necessidade, seria um belo sinal”, afirmou o ministro da Infraestrutura e vice-premiê da Itália, Matteo Salvini.
Além disso, o governo Meloni quer reduzir a carga tributária sobre a folha de pagamento para pessoas de baixa renda em três pontos percentuais e restringir a renda de cidadania, bandeira do partido de oposição Movimento 5 Estrelas (M5S), para vetar o benefício a quem recusar propostas de trabalho.
A premiê também trabalha em uma reforma previdenciária para introduzir a chamada “cota 103”, que permitiria a aposentadoria de trabalhadores com 62 anos de idade e 41 anos de contribuição.
Atualmente, está em vigor a “cota 102” (64 anos de idade e 38 de contribuição), mas, se o governo não agir, em 2023 voltará a vigorar a contestada Lei Fornero, que estabelece 67 anos como idade mínima.