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Enrico Letta e Durão Barroso são vaiados na ilha italiana de Lampedusa, no sul do país

O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, foram recebidos com vaias e protestos na ilha de Lampedusa, onde um barco com 500 imigrantes africanos naufragou na semana passada.

Esta foi a primeira vez que Letta visitou o local do acidente, o qual provocou a morte de ao menos 289 pessoas. "Vi sofrimento e dor", disse o premier, ao deixar um centro de acolhimento de imigrantes na ilha. Letta também anunciou que será feito um funeral de Estado às vítimas do naufrágio e "pediu desculpas pela omissão" da Itália.

Segundo ele, a questão da imigração clandestina, assim como os riscos de acidentes na costa européia, serão tratados no próximo Conselho Europeu, marcado para 24 e 25 de outubro. "A Itália fará sua parte, mas esse é um drama europeu", disse o premier. "Será uma batalha para chamar a atenção da Europa a este tema. O ano de 2014 será de reviravolta", acrescentou.

Desde o naufrágio, ocorrido na quinta-feira passada (3) e considerado um dos maiores do Mar Mediterrâneo, a Itália tem pedido para a União Europeia (UE) adotar medidas para evitar novos desastres. Letta também criticou o anúncio feito recentemente pela Procuradoria de Agrigento de que os cerca de 150 sobreviventes serão processados por imigração clandestina. "Como primeiro-ministro, achei isso uma vergonha, porque estamos diante de um grande drama humano", afirmou. Barroso, por sua parte, demonstrou apoio aos moradores de Lampedusa e pediu que "o problema de um dos nossos países, como a Itália, seja considerado como um problema de toda a Europa".

"Juntos, podemos agir de maneira mais adequada. A Europa não pode virar os olhos para o outro lado", comentou.

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