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Funcionária do Teatro alla Scala é demitida após gritar “Palestina Livre”

Uma assistente de cerimônias do icônico Teatro alla Scala, em Milão, foi demitida após ter gritado “Palestina Livre!” durante a entrada da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, ao camarote real, antes de um concerto no último dia 4 de maio.

A informação foi divulgada apenas nesta sexta-feira, dia 30, pelo sindicato do Teatro Cub Informazione & Spettacolo, afirmando que tomará todas medidas sindicais.

“A direção do Teatro recebeu a sentença de guilhotina contra a jovem funcionária do salão que gritou ‘Palestina Livre!’ da primeira galeria”, diz a nota.

O sindicato destacou ainda que utilizará “todas as ações sindicais para defender esta corajosa jovem” a quem estende “a mais profunda solidariedade”.

“É claro que expressar essa solidariedade não é um fato isolado; na verdade, existem milhões de jovens no mundo que se manifestam para impedir o genocídio que ocorre em Gaza”, enfatizou, acrescentando que, “evidentemente, para a direção, a jovem disse algo que deveria ser severamente punido”.

Na ordem de demissão, assinada pelo superintendente Fortunato Ortombina, enfatiza-se que a funcionária “traiu a confiança ao desobedecer às ordens de serviço”, apesar de ter ouvido sua consciência, segundo o Teatro CUB.

Para o sindicato, “a direção do La Scala, por complacência a Meloni, oferece a cabeça da rebelde que pretendia denunciar o silêncio cúmplice de seu governo em relação ao genocídio que se realiza todos os dias em Gaza”.

“Neste Teatro parece assistir-se ao estreitamento de todos os espaços democráticos, em consonância com o decreto de segurança que o governo acaba de promulgar”, concluiu. 

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