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Fundo Monetário Internacional aconselha Roma a manter disciplina fiscal

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aconselhou hoje o governo italiano a manter a disciplina fiscal e a aplicar reformas estruturais para sustentar o que diz ser "uma recuperação modesta e frágil".

"Apesar das medidas fiscais terem sido apropriadas durante a crise, devem ser feitos agora esforços para reduzir o défice", disse o FMI em comunicado, divulgado após a visita anual dos economistas do fundo ao país.

Para Itália, considera o FMI, "os objetivos devem ser a manutenção da disciplina fiscal, a redução do peso do défice público e o aumento da taxa de crescimento económico a longo prazo".

O défice italiano, um dos maiores da Europa, subiu em 2009 para 115,8 por cento do produto interno bruto (PIB), contra 105,8 por cento do PIB em 2008.

"Por alguns anos, o crescimento italiano será baixo", disse em conferência de imprensa Antonio Spilimbergo, economista do FMI, que acrescentou que a atual recuperação da economia italiana "baseia-se sobretudo na procura externa e na reposição de inventários".

Em comunicado, o FMI diz também que "os próximos anos serão uma oportunidade importante para perseguir um programa ambicioso de reformas estruturais" que deve incluir o aumento da eficiência dos serviços públicos, a melhoria da qualidade das infraestruturas e do investimento público e a reforma do sistema de justiça.

"Vamos dedicar-nos aos desafios das reformas estruturais sugeridas pelo FMI", disse o ministro das Finanças italiano, Giulio Tremonti.

Tremonti afirmou ainda, em declarações aos jornalistas, que Itália vai manter conversações com o FMI para definir as reformas estruturas apropriadas.

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